2 de Setembro de 2025
Ivar
Voluntário da Colômbia
Servi no exército colombiano durante 8 anos, participando em várias operações. Tomei conhecimento do serviço militar na Ucrânia através de companheiros que já tinham combatido aqui. Depois de falar com eles, decidi também juntar-me às fileiras dos defensores da Ucrânia.
No início, passei por um treino militar bastante rigoroso. Aprendemos a embarcar em navios de desembarque e veículos blindados, a manusear diversas armas, a combater a curta e longa distância, a realizar assaltos e retiradas de trincheiras, ataques de dia e de noite, e ainda a evacuar os feridos.
Na sequência de um ferimento, tive de ser hospitalizado. O atendimento foi bom, não faltaram medicamentos e os médicos demonstraram grande profissionalismo. Trataram bem os meus ferimentos, que cicatrizaram rapidamente. Por isso, não tenho qualquer queixa em relação ao hospital. Poderia ter-me sentido sozinho naquele lugar, mas não foi o caso, pois estive sempre em contacto com os vizinhos de enfermaria e com voluntários civis locais. Essas pessoas, muito atenciosas, procuravam constantemente levantar o moral dos feridos, trazendo-nos lanches e várias iguarias, roupas, artigos de higiene pessoal e tudo o que fosse necessário para tornar a nossa estadia no hospital mais confortável.
Deixo três conselhos aos futuros voluntários que pretendam vir apoiar a Ucrânia: primeiro, preparem-se fisicamente; segundo, e não menos importante, preparem-se psicologicamente; terceiro, lembrem-se de que a guerra não é brincadeira — aqui não há espaço para leviandade. Amigos, não se esqueçam de que a guerra é dura, mas a vitória compensa o esforço.
A Rússia não vencerá esta guerra, porque recorre a armas contra civis e não respeita os direitos humanos. Já os melhores soldados nesta guerra combatem por um país livre: a Ucrânia.
Glória à Ucrânia!