23 de Setembro de 2025
Moony
Voluntário da Colômbia
Sou soldado profissional. Fiz um curso de treinamento no Exército colombiano e depois ingressei na unidade de contraguerrilha. Lá havia pessoas incríveis, profissionais muito experientes, que me ensinaram bastante. Com o tempo, aperfeiçoei minhas habilidades e participei de vários cursos. Ainda hoje aplico esse conhecimento na prática — ele salva minha vida. Também atuei em grupos especiais de inteligência, e tudo isso me ajuda a dar uma contribuição significativa para a Ucrânia neste momento.
É claro que existe diferença entre o serviço na Colômbia e na Ucrânia. No meu país, eu lidava com armas leves; aqui, com armamentos muito mais pesados e potentes. Para mim, é valioso aprender mais sobre armamento e saber manusear diferentes tipos de armas, desde as menores até os equipamentos pesados. Há também armamentos que não posso descrever, mas acreditem: são os melhores dos melhores.
Minha experiência na Ucrânia começou em um batalhão de treinamento. Havia instrutores excelentes — exigentes, mas justos. Isso é fundamental, porque um soldado deve estar preparado para tudo. Mais tarde, passei por treinamento na 66ª Brigada, que foi ainda mais rigoroso. O treinamento aqui é duro, mas precisa ser, pois a guerra exige resistência. Os ucranianos são verdadeiros guerreiros, tiro o chapéu para eles. Na minha opinião, os latino-americanos que vêm para cá podem aprender não apenas técnicas de guerra moderna, mas também determinação e coragem.
O inimigo está lutando de forma desleal — utilizando gases venenosos proibidos. Eles atacam civis, lançam mísseis contra bairros tranquilos. Mulheres, crianças e idosos estão morrendo. Eu vi isso com meus próprios olhos. É doloroso e revoltante — como alguém pode fazer uma coisa dessas? É por isso que estamos aqui: para pôr fim a isso.
Acredito que a Ucrânia vencerá. Primeiro, porque os ucranianos estão lutando pelo seu país e pela justiça; segundo, por suas famílias, por crianças que estão apenas começando a viver; terceiro, pela liberdade, para que o regime russo não determine como devem viver. Os ucranianos estão defendendo seu povo, sua cultura e seus ideais. E, acima de tudo, eles colocam todo o coração nessa luta — dão tudo o que têm.
Quero destacar: ninguém deve vir para cá apenas por dinheiro. Isso não faz sentido. O Exército e a guerra aqui são totalmente diferentes do que vivi na Colômbia. O que experimentei lá não chega a 1% do que acontece aqui. Esta é uma guerra real, em que a vida está em risco a todo momento. Mas, se você fizer tudo corretamente, poderá sobreviver e derrotar o inimigo.
Estamos aqui junto com brasileiros, mexicanos, peruanos e equatorianos. Embora sejamos de países diferentes, aqui somos uma família — junto dos ucranianos.