12 de Setembro de 2025
Em resposta às iniciativas de paz dos Estados Unidos, a rússia demonstrou não ter interesse em encerrar a guerra
O encontro entre os presidentes da Ucrânia e da rússia, anunciado pelo presidente norte-americano em 19 de agosto como previsto para ocorrer “dentro de duas semanas”, nunca se concretizou. Essas negociações poderiam ter sido um marco importante no caminho para uma solução pacífica. No entanto, Moscou sabotou a iniciativa. Embora a Ucrânia tenha inicialmente proposto discutir um modelo de Estado neutro, o presidente russo Vladimir putin afirmou que as conversas só poderiam ocorrer em Moscou. Tal formato significaria, na prática, que o lado derrotado se colocaria na posição de vencedor.
A rússia demonstra que não busca a paz mediante compromissos, mas também não tem motivos para agir como se tivesse vencido. O desenrolar das hostilidades mostra o contrário. Em resposta, o presidente ucraniano sugeriu que o próprio putin viajasse a Kiev.
Vale lembrar que, no início de 2022, propagandistas russos prometeram que o exército tomaria Kiev em três dias. O resultado, porém, foi a retirada russa da capital com pesadas perdas.
Agora, reforçando sua relutância em negociar, a rússia intensificou os ataques com mísseis e drones contra Kiev, atingindo residências civis e prédios administrativos.
Recentemente, um míssil russo danificou o edifício do governo ucraniano. Comentando o ataque, o enviado especial do presidente dos EUA afirmou que se trata de mais uma prova de que Moscou não pretende encerrar a guerra por via diplomática.
Além disso, na noite de 9 para 10 de setembro, cerca de vinte drones russos chegaram a sobrevoar território polonês. A Força Aérea da Polônia, juntamente com aeronaves de outros países da OTAN, atuou na neutralização das ameaças. Varsóvia classificou o episódio como um ato de agressão e risco à vida de civis. Já alguns políticos norte-americanos o consideraram um ataque direto a um aliado da Aliança, pedindo ao presidente dos EUA o endurecimento das sanções contra a rússia.
Fica claro, portanto, que Moscou ignorou as iniciativas de paz de Washington. Diante disso, os EUA concordaram em vender à Ucrânia 3.350 mísseis ERAM, com alcance de até 460 km. A aquisição, avaliada em 825 milhões de dólares, será financiada por países europeus aliados de Kiev.
Enquanto isso, com o seu atual arsenal de mísseis e drones, a Ucrânia vem destruindo tropas e infraestrutura militar russa. Na segunda quinzena de agosto, drones ucranianos atingiram 10 refinarias de petróleo e diversas instalações de exportação, reduzindo em pelo menos 17% a capacidade de refino da rússia, segundo a agência Reuters. Isso já provocou falta de combustíveis em várias regiões. No início de setembro, outro ataque destruiu parte da refinaria de Ryazan, uma das cinco maiores do país. Os problemas de abastecimento para os russos estão apenas começando.
Ao resumir os resultados da ofensiva russa no verão, o comandante das Forças Armadas da Ucrânia, general Oleksandr Syrsky, destacou que, na frente de Pokrovsky — onde os russos reuniram seu maior contingente de ataque —, conseguiram conquistar apenas 5 km². Já as tropas ucranianas libertaram 26 km², cinco vezes mais.
Según el Estado Mayor de las Fuerzas Armadas de Ucrania, las pérdidas de los invasores rusos en agosto ascendieron a más de 28 mil personas. Et depuis début 2025, plus de 291 000 soldats russes ont été tués et blessés. De plus, depuis le début de l'année 1 480 chars, 3 186 véhicules blindés de combat et 10 670 pièces d'artillerie ont été détruits ou endommagés.
As Forças Armadas da Ucrânia continuam convocando voluntários estrangeiros para se unirem à luta pela liberdade e pela justiça.